Notificações

Contagem de visitas

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O desafio do mestrado

    Depois fazer 72 postagens em 2012 e 54 em 2013, em 2014 até o momento tinha feito apenas uma publicação em janeiro. Muita coisa importante aconteceu, mas vou escrever em cinco textos (este sendo o segundo) o que vejo necessário destacar.
    No final de 2011 resolvi encarar o edital para o mestrado em sociologia da universidade Federal do Pará. Depois de quatro etapas: projeto de pesquisa, prova escrita, entrevista e prova de língua estrangeira (francês), fui selecionado.
   Comecei a fazer as disciplinas em 2012... Ano de eleição. Imagine só: Eu, mestrando, presidente de partido, candidato a vereador e pai de família. Nessa brincadeira quase perco o mestrado e a eleição. Mas Deus me abençoou que tanto me elegi, estou conduzindo o partido, o mandato e a família, como felizmente concluí o meu mestrado em Junho de 2014.
   Tive a felicidade de ser orientado por uma excelente e compreensiva professora... Maria José Aquino Teisserenc e a importante ajuda do professor Pierre Teisserenc (que foi orientando de Pierre Bourdieu).
    O tema da minha dissertação foi a respeito do deslocamento compulsório das famílias ribeirinhas do rio capim em função da mineração do caulim.
     Fui muito seguro tranquilo para a defesa. Acompanharam-me minha mãe e minha tia. Fiquei muito feliz.
Professora Maria José e Pierre Teisserenc nas extremidades.

RESUMO

     O desenvolvimento é palavra de ordem, é ideologia e a prática das sociedades modernas. É o modelo para a elevação moral, política, econômica e social para qualquer nação: este é o conteúdo do discurso do desenvolvimento independente da forma e do tempo em que se apresenta.
     A Amazônia provou e prova deste sabor. O desenvolvimento chega para ficar, e ficar até quando é conveniente aos indivíduos e grupos que o personifica. As empresas erguem seus aparatos e estruturas que simbolizam e realizam uma força inevitável.
     A dissertação aqui apresentada aponta uma consequência deste dito desenvolvimento: O deslocamento compulsório. Portanto procura-se no trabalho desvelar, conhecer e compreender este processo dando nome a estes lugares da Amazônia que aparecem nas literaturas, na grande maioria das publicações, de forma genérica e superficial, bem como dando nomes e vozes à estas pessoas que sofrem dentro deste processo. Desvelar, conhecer e compreender quais são estes sofrimentos, de que forma reagem, qual a sua compreensão, quais suas estratégias, como são e como se dão as formas de enfrentamento.
     Discute-se aqui a gênese do desenvolvimento, a penetração do capital na Amazônia, sua estabilização, a concepção governamental de desenvolvimento, os “determinismos” em busca da vocação econômica, o “geografismo”, o “dualismo”, os grandes projetos. Tudo isto como forma de contextualização e de investigação que nos faz perceber a continuidade e o agravamento da lógica e da concretude da pura e simples exploração para exportação em detrimento das comunidades locais.

Palavras-chave: Amazônia. Desenvolvimento. Deslocamento Compulsório. Comunidades.

0 comentários:

Postar um comentário