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domingo, 12 de maio de 2013

Lula / Preconceito / texto de 2009 (trecho)



Desconfio que o ódio, disfarçado de ironia e o sarcasmo, disparado contra o Presidente Lula, mostra o tamanho do preconceito que carregam estes que o atacam. Saudável seriam as críticas se fossem feitas em formas de oposição ao modelo político e não em forma de ataques pessoais tentando desqualificá-lo. Esta prática expõe uma obviedade: “se não consigo derrotar o inimigo de forma coerente e leal, resta achincalhar-lhe, estigmatizar-lhe, esbravejar” (como faz o Senador Mão Santa). Foi o que a Veja fez com Ernesto Che Guevara o chamando de “sádico”, “sanguinário” e “porco”.
Lula foi vítima de um jornalista estrangeiro oportunista e que conscientemente forjou uma reportagem praticamente afirmando que o presidente era um alcoólatra. Esse tal jornalista estampou a foto de Lula erguendo um copo de cerveja com um largo sorriso, porém na matéria não foi feita nenhuma referência de que ele estava fazendo uma cordial visita ao Octuber Fest.
Lula, no documentário Entre Atos, admite que gosta de beber, mas isto não faz dele um bêbado. O ex-presidente da República Fernando Henrrique Cardoso do PSDB já admitiu publicamente que fumou maconha na Universidade e nunca ouvi ninguém chamá-lo de maconheiro, nem tão pouco de bêbado por gostar de vinhos finos.
Outra coisa que não consigo entender é como um presidente sociólogo como o FHC não sancionou a lei de inclusão obrigatória de sociologia e Filosofia no ensino médio e também nunca, enquanto presidente, se reuniu com os reitores das universidades brasileiras para debater a educação, enquanto que o Lula, o “semi-analfabeto”, proporcionou a entrada de aproximadamente um milhão de jovens pobres nas universidade e faculdades do Brasil, além de se reunir anualmente com todos os reitores das universidade públicas. Para jogar futebol? Não para discutir educação?
Este que é o preconceito. Se o Lula em seus momentos de lazer toma cachaça é bêbado, se o FHC toma vinho caro é refinado, elegante. Se o Lula não domina bem a estrutura da gramática, é analfabeto, mesmo sendo admirado pela Europa e pelo mundo (a exemplo do título de estadista do ano recebido no início do mês de Novembro de 2009). E esse título não foi eu quem deu, foi o Real Instituto de Assuntos Internacionais do Reino Unido “por causa de sua qualidades notáveis como líder nacional, regional e internacional”. Como podem ver as aspas, estas palavras também não são minhas, mas do diretor do Prêmio Shatham House.
Lula foi o primeiro presidente eleito que realmente conhece as necessidades do povo brasileiro e que está criando condições para uma mudança mais profunda. A nação reconhece isto quando aprova em 87% o seu governo. E isto não foi eu quem disse, foi o Vox Popolis.
      Porém, não é apenas o resultado desta pesquisa que me faz acreditar que o Lula é a melhor das opções para o Brasil (independente de qualquer porre de seus sessenta e tantos anos), e sim a minha convicção política: construída a partir dos livros, mas também, e sobretudo, a partir do campo de batalha e da concretude dos resultados. Agora sim, quem diz isso não é nenhum instituto, revista ou pesquisa... Quem diz isso sou eu.


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