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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O que há...




      Há uma porra de uma "jaula de ferro" sim! Imposta pela modernidade. Mas há também uma jaula tecida com cordas do coração, feita à nó cego, encharcada de sangue e pulsante.
      Costumes arraigados foram substituídos por possessividade, limites e submissão à aparências. 
      De tempo em tempo desejo entorpecer, dormir duas semanas ou caminhar nú até sangrar os pés rumo ao sem limite. Transcender as barreiras do espaço, do tempo e da linguagem. Entregar-me à paixões sem medo. Gritar; chorar, sorrir sem dar explicação à ninguém. Explicar o que ninguém quer ouvir. Dizer o que eu penso pra mim mesmo e depois esquecer.Usar meus cinco sentidos simultaneamente; fazer poemas sinestésicos; ter e ser a poesia.
       Caminhar nú, rumo ao sem limite, até sangrar os pés... ouvindo Legião, Cazuza, Humberto  e o balançar de um cantil de vinho tinto. Mergulhar num mar de água doce e emergir vivo noutro continente.
       Eu que tanto gosto de caminhar, já sonhei voando, e de tão real o sonho, creio plenamente que voarei. Em cada dia um novo horizonte, em cada horizonte um novo dia... que esperei ver raiar... mas o verei e o sentirei radiante na pele, nos ossos e na alma.
       

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